terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Seres sempre quem és


Hoje sei que não é aquilo que sabemos que nos faz andar em frente. Aquilo que sabemos é apenas a base sobre a qual construímos a estrada para o desconhecido. E também sei que o destino não sabe o que é uma linha reta, que a vida dá muitas voltas, que os acontecimentos nos moldam e nos alteram e que ninguém é o mesmo para sempre. E sei que as nossas escolhas devem por regra refletir aquilo que somos a cada momento. Dito assim até parece fácil trilhar o nosso caminho, mas não é… Não é difícil seguires em frente dia após dia, o que é difícil é seguires sempre com alma e coração. Acredita, não é difícil seres alguém, o que é difícil é seres sempre quem és. Certo?

We are the world


Faz hoje 29 anos que um grupo de 45 artistas de renome, se juntaram num projeto que ficou conhecido como USA for África. Gravaram esta música We are the world, e conseguiram com a mesma arrecadar 55 milhões de dólares para combater a fome no continente Africano.

Vale a pena lembrar esta iniciativa, e a música que quase 3 décadas volvidas ainda nos está no ouvido.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Against all odds



Há músicas intemporais, que nos marcam numa fase das nossas vidas e depois nos acompanham para sempre. Esta fazia parte da banda sonora da serie “Pássaros Feridos” baseada no romance com o mesmo nome da Colleen McCullough.
Hoje, enquanto os pensamentos vagueavam por entre as estrelas lembrei-me desta música, porque de facto há coisas que contrariam o bom senso, mas realmente são essas as mais marcantes da vida…

O pote rachado


Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.

Foi assim por dois anos, diariamente. O carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço:

- Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.

- Por quê? Perguntou o homem. De que você está envergonhado?

- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:

 - Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:

- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado? Eu, ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. Lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se você não fosse do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua casa. Cada um de nós, têm os próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, das nossas fraquezas, podemos tirar forças…


(Autor desconhecido)

Que tipo de rebanho é o teu?


O nosso rebanho é formado pelas pessoas que influenciam, e de certa forma criam ou limitam as possibilidades que temos na vida. Todos ambicionamos satisfazer o sentimento de pertença. E ser aceite num determinado ambiente ou contexto de facto faz-nos sentir bem.

Mas há que pensar no seguinte:

Os rebanhos podem ser formados por pessoas que têm uma visão limitada da vida, que não acreditam na capacidade de um indivíduo fazer a diferença. São rebanhos homogéneos que pelas suas características nos limitam. Imaginemos uma família que se mostra desiludida sempre que sais do padrão que eles construíram, ou amigos que nunca conseguem verbalizar os aspetos positivos das tuas atividades. Se não conseguires abstrair-te dessas opiniões, se misturares os afetos que tens para com eles com as opiniões que eles manifestam, isso vai-te fazer sentir mal. E perante isso tens duas hipóteses, ou modificas o teu comportamento para te integrares no grupo, ou manténs os teus comportamentos diferenciados e assumes o rótulo de “ovelha negra”.

Mas também há o oposto, rebanhos formados por pessoas que têm uma visão mais aberta, que acreditam no potencial humano e acreditam que pessoa um é um ser único com muito potencial. São estes os tipos de rebanhos que te incentivam a seres genuína, a ir para a frente e lutares pela concretização dos teus sonhos. Ok, parece miragem para algumas pessoas certo?! Mas existem rebanhos destes coloridos pelo respeito pela diferença.

Seja como for, o meio em que nos movemos é importante e influencia aquilo que fazemos da nossa vida. Não podemos modificar as nossas raízes e dificilmente conseguiremos modificar os outros, por isso é importante termos a referência de um grupo de pessoas que admiramos e que nos inspirem a sermos o melhor que conseguimos ser; mesmo que estas não compartilhem connosco os dias. E temos que acreditar nas nossas convicções e ter a confiança suficiente para acreditarmos que nem sempre a opinião da maioria revela o que é mais correto. Não estou a incentivar atos de rebeldia ou teimosia, apenas te estou a questionar se estás a dar o teu melhor ou se te limitas a seguir os outros…
  
Vale a pena pensar sobre as pessoas que nos rodeiam e sobre a forma como nos influenciam. Que tipo de rebanho é o teu? E está limitado ao mesmo?

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ternura


Gosto do teu olhar felino repleto de adoração como quem entende que o mundo só vale pelos momentos que sabemos viver.
Gosto do teu pelo macio que me acaricia e me envolve os braços.
Gosto da tua entrega sem reservas onde impera a inocência de um mundo sem palavras onde nos entendemos com um simples olhar.
Gosto dos teus silêncios companheiros que me seguem nos dias nublosos e dos teus miados sentidos que murmuram ao mundo os teus desejos. 
E assim cresce uma amizade, regada pelas coisas de que gostamos e que alimentam a ternura nos nossos corações.

Tira os olhos dos pontos negros da tua vida.


Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que virassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redacções em voz alta.
Todas, sem excepção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações para a sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos centralizaram as atenções no ponto negro, e isso é o que acontece nas nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas centramo-nos nos pontos negros.
Lembrem-se que a vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre!
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil que vivemos, a decepção com um amigo...
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

Pensa nisto! Tira os olhos dos pontos negros da tua vida.


(Autor desconhecido)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Um abraço


Hoje precisava mesmo de um abraço. Daqueles que nos envolve a alma e nos faz respirar fundo. Dos que nos fazem esquecer a tempestade dos dias e nos oferecem todas as cores do arco-íris.
Por vezes não há palavras que confortem. Por vezes apenas o toque serve, nos aquece, nos devolve.  
Hoje precisava de um abraço sem razão, espontâneo, só porque sim, porque se quer. Dos que nos fazem esquecer o tempo e nos põe um sorriso nos lábios.
Quem disse que o tempo era o melhor remédio para tudo, não conhecia os abraços sem tempo, daqueles naturais e nos confortam pela simplicidade do gesto.
Hoje queria um abraço simples, gosto de coisas simples. Um abraço sem carências ou desconfortos, dos que que se dão porque se está de bem com o mundo. 
Queria um desses, do tamanho do mundo, do meu mundo.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

All of me

Esta é das músicas que mais gostei nos últimos meses, e não fui a única porque está no Top Nacional há já várias semanas.

A letra fala de amor, mas fala sobretudo de gostar de alguém como um todo, com virtudes e defeitos. E fala também de reciprocidade, e dar e receber em iguais proporções, nos bons e maus momentos.

Não é isso que todos sonham encontrar?
Talvez isso explique o sucesso que a música tem tido…
 

How long will I love you


We're all traveling through time together

Every day of our lives

All we can do is do our best

To relish this remarkable ride

Vamos lá falar de sonhos



Vamos lá falar de sonhos.

Não, não vou escrever sobre as nossas atividades noturnas, a ciência já se dedicou a explicar as mesmas. “Sonhar é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Inúmeros psicólogos e neurologistas escreveram obras famosas sobre os sonhos e as suas interpretações, e há concordância generalizada sobre os sonhos serem uma ferramenta muito interessante da psique. Sobre este assunto recomendo vivamente a leitura de alguns textos de Carl Yung.

Mas a não ser que tenhamos tido um sonho mesmo muito marcante a maioria de nós nem se lembra do que se passou durante o sono, ou esquecemos pouco depois de acordarmos.

Quando falamos de sonhos referimo-nos aos nossos desejos, aqueles que temos quando estamos acordados. Sonhos esses que podem ser projetos que gostaríamos de realizar, criações novas (como dizia ao Kennedy “precisamos de homens que sonhem com coisas que nunca existiram”), ambições que gostaríamos de concretizar, etc… Todos sonhamos e nos sonhos cabe tudo, nas mais diversas áreas das nossas vidas.

A questão é o que fazemos com eles?

Há um grande número de pessoas que encara os sonhos como uma estrelinha bonitinha que está ali para embelezar, dizem que gostavam de fazer isto ou aquilo mas depois sentam-se sem mexer uma palha à espera que os sonhos caiam do céu como a chuva. O mais provável é que os seus sonhos fiquem para sempre no plano inalcançável…

Depois há também um grande número de pessoas que boicotam a concretização dos próprios sonhos. São as pessoas que afirmam que querem uma coisa mas cujos comportamentos ou atitudes impedem a concretização. É o caso da pessoa que sonha ser atleta olímpico mas não investe nos treinos. Ou da pessoa que quer ter uma relação estável com alguém mas tem como prioridade a sua liberdade pessoal.
Muitas destas pessoas não concretizam os seus sonhos porque não têm certeza sobre o que querem e realmente assim é difícil alcançar seja que meta for, ou porque até sabem mas duvidam que consigam porque não tem a característica X ou Y, e como nasceram assim, vivem assim e hão-de morrer assim…

Felizmente há uns quantos que decidem fazer alguma coisa com os seus sonhos. Se são grandes, partem-nos em fatias e decidem lambuzar-se com uma de cada vez. Se estão distantes dão um primeiro passo e a seguir outro e outro. Se são irrealistas adaptam-nos, moldam-nos como plasticina até encaixarem nas suas vidas.

Concretizar sonhos dá trabalho, requer investimento, persistência, decisão e iniciativa. Se pensas que vais concretizar os teus sonhos sem te esforçares para isso, esquece! Junta-te aos outros dois grupos…

E tu já pensaste sobre isto? 
Quais são os teus sonhos? E o que vais fazer para os realizar?


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Que tens feito com o teu tempo?


Todos temos um tempo limitado. Temos um tempo para nascer e um tempo para morrer. E nesse intermédio, aquilo que fazemos com o que nos é dado, é o que vai condicionar o prazo da nossa vida.

Citamos inúmeras vezes Fernando Pessoa com o mantra “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Mas será que já paramos para pensar no que isto significa?

Aquilo que somos, as marcas que deixarmos vão depender do tempo que dedicamos a cada coisa ou pessoa, porque o tempo é o bem mais preciso que se pode oferecer. Ao darmos o nosso tempo estamos a dar uma parte da nossa vida. Igualmente somos aquilo que não nos recusamos viver, os momentos que abraçamos e a emoção que colocamos em cada coisa que nos acontece.

E há quem viva 80 anos e morra aos 20. Mas também há quem ainda viva muito depois de ser sepultado. Tudo depende do que demos aos outros, das marcas que deixamos tatuadas pelo mundo que testemunhem a nossa existência.

A nossa vida é o reflexo daquilo que nos propomos fazer com o nosso tempo. Podemos apenas existir, numa postura acomodada quase limitada a respirar, comer, e dormir. Ou podemos viver com garra, com determinação e com decisão assumindo as rédeas da nossa existência e lutando pelos nossos sonhos. Mas claro, viver é para os corajosos…

E tu, que tens feito com o teu tempo?

domingo, 12 de janeiro de 2014

O sol em dias de chuva


O céu parecia chorar novamente. Que deprimido andava ultimamente, entregando-se ao desespero de lágrimas interruptas! Vedado ao isolamento estava cada vez mais deprimido também. Em silêncio forçado procurava o consolo dos filmes de domingo e percorreu as páginas de livros que aguardavam ser desbravados. O calor, esse descobriu-o dentro de si, no aconchego do sofá na companhia da sua mantinha preferida e de um chá de ervas para lhe aquecer o espírito. No espaço entre uma respiração e outra recordou os momentos calorosos que não falhavam em fazer-lhe aflorar um sorriso ao rosto entristecido. E mais uma vez relembrou a si mesmo que a vida é feita de momentos que desde que não se tenha medo de vive-los, trazem sempre o sol de em dias de chuva.

 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Sem rótulo


Tinha as palavras entaladas na garganta, sufocadas por uma dor silenciosa que se recusava a escorrer pelos olhos. A vida dá imensas voltas mas nunca aquelas que nós queremos, pensava. E quando se tem o coração nas mãos, não uni-las é morte anunciada. Agradecia ao tempo e à idade terem-lhe oferecido a serenidade de enfrentar o mundo sem se esvair na loucura das histórias recheadas de valores invertidos ou pormenores ausentes.
E como se partilha o inexistente? Não se consegue, certo?!
Mas é-se o que se é, não o que se quer ser, ou o que nos pedem para ser.  
Sentiu novamente uma dor miudinha a espremer-lhe das entranhas a angustia e o medo e sorriu com a determinação de quem caminha num rumo indefinido, sem nome ou lugar assumido. Porque a vida é demasiado para se perder.
Seguiu.

Sem rótulo.