sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Somos inteiros



Cada um de nós nasce inteiro com tudo o que precisamos para ser uma pessoa completa. Não nos falta nada, não precisamos de encontrar alguém que nos complete ou que nos resgate das nossas imperfeições.

Cada um de nós é único e perfeito com todas e virtudes e defeitos que possamos ter, e que servem para nos caracterizar na nossa individualidade.

Durante anos ouvi dizer que cada panela tem a sua tampa, há sempre outra metade da laranja, etc. tudo teorias populares que nos fazem acreditar que precisamos de algo mais além denós. Desenganem-se! Só quando nos aceitamos tal como somos, é que estamos verdadeiramente disponíveis para estar com alguém ao nosso lado. Nós como pessoas, sabemos pensar, sabemos tomar decisões, sabemos uma infinidade de coisas que por vezes escolhemos esconder ou não aplicar porque temos quem faça isso por nós. Por vezes as pessoas que estão ao nosso lado até incentivam a que sejamos mais dependentes, menos autossuficientes. Mas cada um de nós nasceu com o todo o potencial e compete a cada um decidir o que faz com o mesmo.

Acredito que quem partilha a vida connosco deve acrescentar-nos, fazer com que sejamos a cada dia melhores que ontem, mas nunca servir para colmatar algo que pensamos que não temos. A verdade é que ninguém merece carregar o fardo de completar outrem e de ser responsável pela sua felicidade. Ninguém merece servir para tapar buracos de carências.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O mendigo


Havia uma rua por onde passavam muitas pessoas e onde um mendigo sentado na calçada colocava ao seu lado uma placa com a seguinte frase:

“Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado!”

Alguns transeuntes que por ali passavam olhavam intrigados, outros achavam-no doido e outros até lhe davam dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.

Numa linda manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:

– Tu és muito criativo! Não gostarias de colaborar numa campanha da minha empresa?
– Vamos a isso. Só tenho a ganhar! - Respondeu o mendigo.

Após um aprimorado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente sua vida foi uma sequência de sucessos e ele tornou-se um dos sócios maioritários.

Numa entrevista coletiva à imprensa, ele contou a sua história e de como conseguira sair da mendicidade para tão alta posição. Contou ele:
– Houve uma altura me que eu costumava sentar-me nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
“Não sou nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!”

As coisas iam de mal a pior quando, mas numa noite, encontrei no lixo um livro e nele reparei numa frase que dizia:
“ Tudo que tu falas a teu respeito vai-se reforçando!
Por pior que esteja a tua vida, diz que vai tudo bem.
Por mais que tu não gostes a tua aparência, afirma-te bonito.
Por mais pobre que sejas, diz a ti mesmo e aos outros que tu és próspero.”
Aquilo mexeu comigo profundamente e como nada tinha a perder, decidi trocar as palavras da placa para:“Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado!”
- O que posso dizer é que a partir desse dia tudo começou a mudar na minha vida, a vida trouxe-me a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje.
– O que eu fiz foi apenas que entender o Poder das Palavras! Continuou o homem! O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará por se manifestar na nossa vida, e passará a ser a nossa realidade.
Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem ainda piores, pois o Universo reforçará isso mesmo. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma jovem repórter, daquelas que parecem saber tudo, perguntou num tom irónico:
– O senhor está a querer-nos convencer que algumas palavras escritas, numa simples placa de cartão modificaram a sua vida?

Respondeu o homem, cheio de bom humor:
“Claro que não, isso não resultaria, minha ingénua amiga! Primeiro eu tive que acreditar realmente nelas!”

(Autor desconhecido)