sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Coisas simples


Por vezes apenas o silêncio absoluto nos mata a necessidade de desligarmos de um mundo que nem sempre nos trata bem. Precisamos ser gentis connosco. E há momentos em que as nossas necessidades podem resumir-se a coisas tão simples como respirar, relaxar e largar tudo, toda a carga pesada que teimamos em carregar nos nossos ombros.
 
A verdade é que as coisas mais importantes da vida são simples. Mas que não tenhamos ilusões porque a simplicidade requer muito trabalho e investimento da nossa parte. Aprende-se a simplificar pela experiência que a vida nos vai dando.

E na vida tudo muda. O bom e o mau. Aquilo que nos parece importante agora sê-lo-á daqui a cinco anos?

Relativizar

Simplificar
Respirar

Acreditar
E com toda a gentileza, cuidar de nós

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Love will set you free


Esta é uma das minhas bandas favoritas da atualidade. Pelos ritmos, mas sobretudo pelas letras.

Coisas que aprendi na vida

Aprendi que não importa o quanto eu me importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. Aprendi que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-me de vez em quando, mas eu preciso perdoá-la por isto. Aprendi que falar pode aliviar minhas dores emocionais.
Aprendi que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la. Aprendi que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. Aprendi que eu posso fazer, em instantes, coisas das quais me arrependerei pelo resto da vida.
Aprendi que o que importa não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho na vida. Aprendi que os membros da minha família são os amigos que não me permitiram escolher. Aprendi que não tenho que mudar de amigos, e, sim, compreender que os amigos mudam.
Aprendi que as pessoas com quem eu mais me importava na vida me foram tomadas muito depressa. Aprendi que devo deixar sempre as pessoas que amo com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejo. Aprendi que as circunstâncias e o ambiente têm influência sobre mim, mas eu sou responsável por mim mesmo.
Aprendi que não devo-me comparar aos outros, mas com o melhor que posso fazer. Aprendi que não importa até onde eu chegue, mas para onde estou indo. Aprendi que não importa quão delicado e frágil seja algo, sempre existem dois lados.
Aprendi que vou levar muito tempo para eu me tornar a pessoa que quero ser. Aprendi que eu posso ir mais longe depois de pensar que não posso mais. Aprendi que ou eu controlo meus atos ou eles me controlarão.
Aprendi que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário, enfrentando as consequências. Aprendi que ter paciência requer muita prática. Aprendi que existem pessoas que me amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendi que meu melhor amigo e eu podemos fazer muitas coisas, ou nada, e termos bons momentos juntos. Aprendi que a pessoa que eu espero que me pise, quando eu estiver caído, é uma das poucas que me ajudarão a levantar. Aprendi que há mais dos meus pais em mim do que eu supunha.
Aprendi que quando estou com raiva, tenho direito de estar com raiva, mas isto não me dá o direito de ser cruel. Aprendi que só porque alguém não me ama do jeito que eu quero não significa que esse alguém não me ame com tudo que pode. Aprendi que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que eu tive, e o que aprendi com elas, do que com quantos aniversários já celebrei.
Aprendi que nunca devo dizer a uma criança que sonhos são bobagens, ou que estão fora de cogitação, pois poucas coisas são mais humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse em mim. Aprendi que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, tenho que aprender a perdoar a mim mesmo. Aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração foi partido, o mundo não para pra que eu o conserte.
Apenas aprendi, as coisas que aprendi na vida!
 (Desconheço o autor)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Força


Por vezes fazer a coisa certa destrói-nos por dentro.
Por vezes temos que mandar calar o coração e dar voz à razão
Por vezes afogamos os sentimentos nas lágrimas vertidas dia após dia
Por vezes duvidamos, refletimos, e recuamos
Mas chega um dia em que tem que ser, e o que tem que ser passa a ser a nossa maior força
Mesmo que essa força nos faça morrer mais um pouco

domingo, 18 de outubro de 2015

Verdadeiro


Uma música e um artista de que gosto muito
 

Tanta coisa que fica por dizer


Tanta coisa que fica por dizer.
Às vezes um rasgo de luz convoca o sobressalto ao coração, como um fragmento de brilho constrangido, sem idioma de ligação entre mundos.
Assim se fica refém de uma breve telepatia.
Presa em palavras que dispensam a articulação ridícula de sons.
Diremos sempre que nos ficou tanta coisa por dizer.
E no entanto bastaria qualquer coisa estrondosamente relevante.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Dentro


Respirar

Como te vou dizer todas as coisas que me estão atulhadas na garganta, que se recusam a passar a palavras pronunciadas? A história é longa, demasiado longa, a meu ver, mas dizem que Deus só nos dá aquilo que sabe que conseguimos suportar. E na verdade suportamos sempre um pouco mais do que achávamos que eramos capazes. E ainda assim, afogam-se as mágoas em sorrisos tristes. Um dia de cada vez. E se o dia for longo, uma hora de cada vez, 10 minutos de cada vez, um minuto de cada vez. Respirar. Sorrir. Aceitar e respirar mais uma vez. Até ao dia em que um nada já sem importância me tire o ar.

I believe in you


Oração Inglesa


Arranje tempo para ser amigo
É a estrada para a felicidade.
Arranje tempo para sonhar
É seu vagão a uma estrela engatar.
Arranje tempo para amar e ser amado
É o privilégio dos deuses.
Arranje tempo para olhar ao redor
O dia é muito curto para ser egoísta.
Arranje tempo para rir
É a música da alma.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

As voltas que a vida dá


Que a vida dá muitas voltas, toda a gente sabe. Ninguém caminha em vida reta, e muitas vezes percorre-se um longo caminho para chegar de um ponto ao outro. Que significados têm essas voltas, para onde nos levam ou até que ponto definem o nosso destino é algo com que sempre me questionei.

Vivo rodeada de pessoas com estórias de vida incríveis, que mudam rumos por imposição das condições com que se confrontam. Seja porque perderam o emprego e de repente começam a dar asas a uma vocação que tinham adormecida, seja porque se confrontam com uma doença que as impede de continuar a fazer as coisas que sempre fizeram, seja porque a relação em que investiram acabou por se revelar um fiasco. Os exemplos são muitos e as estórias são tantas que já nem consigo enumerar todas. 

Talvez a diferença esteja naquilo que cada um faz com aquilo que a vida vai trazendo. Com as coisas boas todos lidam mais ou menos confortavelmente, mas qual carrossel a vida umas vezes está em cima outras está em baixo, e todos acabam por se deparar com problemas e dificuldades mais ou menos graves. É aqui reside o nosso maior desafio- saber dar a volta, não nos afundarmos em tristezas e amarguras e sempre que possível encontrarmos soluções e alternativas.

Admiro imenso as pessoas que encontram novos rumos, que descobrem novos talentos e definem novos objetivos. São estas que nos vão dando exemplos de coragem e muitas vezes grandes contributos para o nosso crescimento.

Não consigo deixar de pensar que se não tivessem passado pelas experiências negativas que passaram, não seriam hoje as pessoas que são, e que dão um contributo tão importante para quem as rodeia. Conheci uma pessoa que tem uma doença que a fez desistir da profissão que tinha escolhido e que abraçou um novo rumo ligado à escrita. As suas obras de ajudam a sensibilizar para as dificuldades sentidas por inúmeras pessoas que sofrem da mesma doença mas também ensinam a todos, mesmo às pessoas saudáveis, estratégias que ajudam a enfrentar dificuldades e a melhorar as nossas potencialidades individuais. Teríamos a possibilidade de ler estas obras sem a doença de que padece? Não sei, tenho dúvidas, tantas dúvidas… mas provavelmente não.

Não estou de todo a elogiar o sofrimento. Apenas me questiono do Porquê?   e  do Para quê? das voltas que a vida dá. E no fundo, bem lá no fundo tenho a esperança que as coisas más com que somos obrigados a confrontar-nos sirvam pelo menos para nos fazer crescer na nossa humanidade. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

You are beautiful

Uma mensagem a que não podemos ficar indiferentes. Será que queremos viver de aparências ou como verdadeiramente somos?


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Hibakusha

Hibakusha é uma palavra japonesa que significa sobrevivente da bomba atómica.

O desafio era preparar alunos do 3º ano (8/9 anos) para um encontro com os Hibakusha na visita que estes vão fazer a Lisboa. Como falar de bombas atómicas a crianças tão novas? Como explicar as consequências que tiveram em Hiroshima e Nagasaki? Como falar da necessidade de inativar as existêntes sem assustar?

Se considerarmos algumas das coisas que passam hoje em dia nos canais infantis da televisão, talvez o assunto não seja assim tão pesado, mas ainda assim é necessário trata-lo com delicadeza… Alertar para os riscos e consequências dos uso de armas nucleares, informar sobre algumas medidas que podem ser tomadas para evitar novas tragédias e apelar à tolerância e paz, entre povos mas também com cada um de nós no nosso dia-a-dia.

Pela participação, inúmeras perguntas e interesse geral demonstrado, penso que o objetivo foi superado com sucesso. E quando um professor nos diz que isto sim são assuntos importantes, que educam para a cidadania, e que é nestas idades que se formam consciências, sabemos que até pequenas ações destas deixam sementes e geram frutos.

Como dizia a Madre Teresa, podemos ser apenas uma gota no oceano, mas o oceano não seria o mesmo sem essa gota.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Cenas surrealistas de dias comuns


Está-se em plena contagem decrescente para o grande evento. Apenas a 24 horas do momento tão esperado- a inauguração do espaço público que esteve encerrado durante muito tempo para obras de beneficiação geral.
Os eventos nunca correm a 100% como o previsto, mas tenta-se sempre fazer o melhor, organizar atempadamente os espaços, prever necessidades para o próprio dia, etc. Hoje deveria ser o dia para pensar em pormenores, mas a realidade é um pouco diferente. Está tudo muito atrasado, a começar pela limpeza do espaço.

Uma senhora de meia-idade, loira e bem constituída olhava para as diversas salas despreocupadamente sem de facto ver o que a rodeava. Apercebo-me que faz parte de um empresa de limpezas contratada para ter o espaço devidamente limpo. No entanto, ela própria parece não concordar com a tarefa para o qual se encontrava no local. E acabo a ouvir esta conversa:

- Está a ver, o chão ainda está cheio de manchas, as janelas não foram limpas… diz a responsável do espaço mostrando preocupação pelo atraso dos trabalhos. A reposta não se fez esperar:

- Ora o pó demora 6 meses a descer, se limpar agora vai-se sujar tudo novamente, não adianta…

- Pois mas a ideia é tirar o pó do local! Refere a responsável do espaço já a perder a paciência, e a conversa continua:

- Mas sabe que ele entra sempre, nunca se acaba com o pó, não adianta.

- Olhe isto tem que estar tudo limpo no final do dia, tem que ser, ache a senhora que vale a pena ou não ache! Foi para isso que foi contratada, não foi?!

Longo suspiro de resignação e lá veio a resposta:

- Pronto se tem que ser! Então mas fazemos assim, a senhora manda as outras pessoas todas embora para não andarem a pisar aquilo que eu limpar.

Quase que se podiam ver os sinos de alarme à volta da responsável. A ideia não lhe agradava nada… mas a verdade é que se tinham contratado uma firma,  a mesma tinha que fazer o trabalho e pronto. A medo ainda pergunta:

- E a senhora dá conta disto tudo sozinha?!

- Se me deixarem em paz claro que dou! Vou almoçar e depois espero poder trabalhar à vontade, sem ninguém sujar.

Bem com alguma reticência as restantes pessoas, funcionárias do próprio espaço foram dispensadas, para a Firma de Limpezas contratada executar o trabalho…

Claro que depois de almoço a funcionária da Firma de Limpezas não apareceu, e assim lá se telefonou às dispensadas a pedir ajuda porque se está num verdadeiro contra-relógio.

Da minha parte além de tentar ajudar naquilo que me era possível, ainda não decidi se esta cena é para rir ou para chorar! Infelizmente é uma história real… surrealista, quase anedótica, mas aconteceu…

domingo, 5 de abril de 2015

Nothing really matters


Esta é uma das músicas do momento que não me canso de ouvir

Senhor Universo


Uma das minhas melhores amigas diz-me sempre que o Universo todo se conjuga para nos dar as coisas de que precisamos, mesmo que por vezes nem sempre tenhamos consciência disso no momento. E quando me diz isso refere-se tanto às coisas boas como às más.
Cada vez concordo mais com ela. Acho que vivemos melhor quando aprendemos a viver bem com o que a vida nos dá, seja lá o que isso for. E se muitas vezes somos abalroados com as vicissitudes que se nos atravessam no caminho, noutras aparecem-nos situações que são verdadeiras dádivas da vida.
Recentemente vivi uma dessas situações. A Páscoa é uma época complicada para mim, recheada de memórias que se materializam até hoje nos meus dias. Foi há 10 anos num dia de Páscoa que me preparei para o grande evento de poder ser mãe. Depois longos anos de tratamentos de infertilidade, o culminar da última tentativa aconteceu num dia de Páscoa. Seguindo tudo á risca, injetei-me pela última vez com as doses de hormonas necessárias para a colheita de óvulos que iria fazer no dia seguinte. Nesse ano não pude assistir a um evento que tanto amo e que marcou a minha vida desde a mais tenra infância- a romaria da Santa Catarina, que ocorre sempre no dia subsequente à Páscoa.
Este ano a Páscoa iria pautar-se pela ausência desta criança que tem agora 9 anos. A casa vazia, os silêncios, e a quebra de rotinas já por tornariam esta época difícil, mas é aqui que o Universo faz aquilo que necessita fazer por nós. Surpreendeu-me com a oferta de uns dias longe deste cenário, num local que só por si aquece a alma com a sua beleza natural.
Claro que o Senhor Universo usou um rosto e um nome para dar este presente, mas ainda assim, não posso deixar de reconhecer que a vida nos dá mesmo aquilo que precisamos.

E como há 10 anos atrás, também amanhã não estarei na Romaria da Santa Catarina. Mas mais uma vez é nesse dia tão especial, que o Universo trará de volta a pessoa que tantas coisas boas me deu nesta vida.

domingo, 22 de março de 2015

O presente de Gandhi


Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

(Mahatma Gandhi)

Avincii- The nights


Esta é uma música que fala dos conselhos que um pai dá ao seu filho “um dia vais deixar esta vida por isso vive algo que te orgulhes de ter vivido, e se tiveres medo pensa em mim”

É isso mesmo! Que cada um de nós seja um exemplo para os seus filhos, e que consigamos sempre dar-lhes as ferramentas para serem os melhores que consigam ser.

Adoro o ritmo da música e adoro a mensagem.

Presente


Quando se escolhe um caminho, inevitavelmente outros ficam para trás. E a pior coisa que pode acontecer a um ser humano é estar-se sempre a duvidar do rumo que se escolheu, ou a trazer para o momento presente situações de outras caminhadas que optou por não seguir.

A vida é assim mesmo uma sucessão de escolhas e consequências, e cabe a cada um de nós assumir o que resulta das opções que tomamos de cabeça erguida e olhando em frente. E cada coisa pelo qual passamos é uma experiência, e mesmo quando corre mal, é uma lição. Aprendemos com os erros, e crescemos com eles. Cada vez que falhamos despertamos a resiliência necessária para seguir em frente. Reunimos energia e vontade para superar desilusões, mágoas ou enganos.

Por vezes levamos porrada da vida até aprendermos. A verdade é que é necessário tatuar na alma as lições que a vida nos dá para ficarmos aptos a explorar novos caminhos, novas situações, novos rumos.

Mas o melhor que podemos fazer por nos próprios é aceitarmo-nos. Aceitarmo-nos sempre com todas as virtudes e defeitos, com todas as características boas e menos boas. E com isto interiorizar que fazemos sempre aquilo que temos que fazer num dado momento e numa dada situação. Sem mas, se ou talvez.

E o ponto em que estamos agora é o nosso Presente da vida. Não é necessário que esteja embrulhado em papel de fantasia e com laçarote. Cabe a cada um reconhecer a sua dávida e valoriza-la.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Coisas Pequenas

 
Coisas pequenas são
Coisas pequenas
São tudo o que eu te quero dar
E estas palavras são
Coisas pequenas
Que dizem que eu te quero amar.

 
Amar, amar, amar
Só vale a pena
Se tu quiseres confirmar
Que um grande amor não é
Coisa pequena
Que nada é maior que amar.

 
E a hora
Que te espreita
É só tua.
Decerto, nao será
Só a que resta;
A hora
Que esperei a vida toda,
É esta.

 
E a hora
Que te espreita
É derradeira.
Decerto já bateu
À tua porta.
A hora
Que esperaste a vida inteira,
É agora.
 
(Madredeus)
 
 


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Somos inteiros



Cada um de nós nasce inteiro com tudo o que precisamos para ser uma pessoa completa. Não nos falta nada, não precisamos de encontrar alguém que nos complete ou que nos resgate das nossas imperfeições.

Cada um de nós é único e perfeito com todas e virtudes e defeitos que possamos ter, e que servem para nos caracterizar na nossa individualidade.

Durante anos ouvi dizer que cada panela tem a sua tampa, há sempre outra metade da laranja, etc. tudo teorias populares que nos fazem acreditar que precisamos de algo mais além denós. Desenganem-se! Só quando nos aceitamos tal como somos, é que estamos verdadeiramente disponíveis para estar com alguém ao nosso lado. Nós como pessoas, sabemos pensar, sabemos tomar decisões, sabemos uma infinidade de coisas que por vezes escolhemos esconder ou não aplicar porque temos quem faça isso por nós. Por vezes as pessoas que estão ao nosso lado até incentivam a que sejamos mais dependentes, menos autossuficientes. Mas cada um de nós nasceu com o todo o potencial e compete a cada um decidir o que faz com o mesmo.

Acredito que quem partilha a vida connosco deve acrescentar-nos, fazer com que sejamos a cada dia melhores que ontem, mas nunca servir para colmatar algo que pensamos que não temos. A verdade é que ninguém merece carregar o fardo de completar outrem e de ser responsável pela sua felicidade. Ninguém merece servir para tapar buracos de carências.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O mendigo


Havia uma rua por onde passavam muitas pessoas e onde um mendigo sentado na calçada colocava ao seu lado uma placa com a seguinte frase:

“Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado!”

Alguns transeuntes que por ali passavam olhavam intrigados, outros achavam-no doido e outros até lhe davam dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.

Numa linda manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:

– Tu és muito criativo! Não gostarias de colaborar numa campanha da minha empresa?
– Vamos a isso. Só tenho a ganhar! - Respondeu o mendigo.

Após um aprimorado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente sua vida foi uma sequência de sucessos e ele tornou-se um dos sócios maioritários.

Numa entrevista coletiva à imprensa, ele contou a sua história e de como conseguira sair da mendicidade para tão alta posição. Contou ele:
– Houve uma altura me que eu costumava sentar-me nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
“Não sou nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!”

As coisas iam de mal a pior quando, mas numa noite, encontrei no lixo um livro e nele reparei numa frase que dizia:
“ Tudo que tu falas a teu respeito vai-se reforçando!
Por pior que esteja a tua vida, diz que vai tudo bem.
Por mais que tu não gostes a tua aparência, afirma-te bonito.
Por mais pobre que sejas, diz a ti mesmo e aos outros que tu és próspero.”
Aquilo mexeu comigo profundamente e como nada tinha a perder, decidi trocar as palavras da placa para:“Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem-humorado!”
- O que posso dizer é que a partir desse dia tudo começou a mudar na minha vida, a vida trouxe-me a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje.
– O que eu fiz foi apenas que entender o Poder das Palavras! Continuou o homem! O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará por se manifestar na nossa vida, e passará a ser a nossa realidade.
Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem ainda piores, pois o Universo reforçará isso mesmo. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma jovem repórter, daquelas que parecem saber tudo, perguntou num tom irónico:
– O senhor está a querer-nos convencer que algumas palavras escritas, numa simples placa de cartão modificaram a sua vida?

Respondeu o homem, cheio de bom humor:
“Claro que não, isso não resultaria, minha ingénua amiga! Primeiro eu tive que acreditar realmente nelas!”

(Autor desconhecido)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Sorrisos


Silêncios

Existem atitudes que separam mais que a distância.

E se é verdade que as palavras têm o poder de magoar, de curar, de abrir mentes e corações, também é verdade que às vezes o silêncio fala mais alto que muitas palavras e que com ele vem a certeza de que não seremos entendidos.

E porque o tempo é tão implacável, não pode ser repetido, não passa por nós duas vezes, empurra-nos em frente para perceber se aprendemos ou não as lições que a vida os impôs.

Como alguém disse “o tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas, acima de tudo, o tempo traz verdades”. E às vezes o coração precisa de tempo para aceitar aquilo que a cabeça já sabe.

Follow me down


Esta música tem uma letra forte, de quem está prestes a afundar-se, e sabe que não tem saída. Fala de dor, de dependência e da necessidade de haver desapego, esta palavra por vezes tão difícil de materializar em atitudes.


And you're panic stricken
Blood will thicken up tonight
'Cos I don't want you to forgive me
You'll follow me down

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Porque gritamos?


Um dia um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma. - diz um aprendiz.
- Mas porquê falar tão alto quando a outra pessoa está ao seu lado?
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça. - Respondeu o aprendiz.
E o mestre volta a perguntar:
– Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. 
Então ele esclareceu: – Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?
O facto é que quando duas pessoas estão aborrecidas os seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, basta olharem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui: “Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.”


(Autor desconhecido)

Felicidade partilhada, felicidade dobrada


Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.

Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias. E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era ampliado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago, patos e cisnes chapinhavam na água, enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isso tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram... Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que havia falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para uma parede de tijolos!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu:

- O outro homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...


As cinquenta sombras de Grey


Não gostei particularmente do livro “As cinquenta sombras de Grey”. Não é de facto o meu género de literatura, mas entendo o porquê do êxito que esta trilogia teve. E confesso que estou com alguma curiosidade para ver a adaptação do livro para o cinema, filme que em Portugal irá estrear em fevereiro.


Mas independentemente da opinião que venha a ter, adoro a música da Ellie Goulding que faz parte da banda sonora .


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Fé, coragem e esperança


Três pequenas historias:

1- Certa vez, o povo de um vilarejo decidiu se reunir no centro do lugar para orar pedindo chuva...mas apenas um garoto trouxe guarda-chuva.
O nome disto é FÉ.

2. Quando você joga um bebê de um ano de idade pro alto, ele gargalha porque sabe que na queda alguém irá segurá-lo.
O nome disto é CONFIANÇA.

3. A cada noite, antes de dormir, não temos garantia nenhuma de que estaremos vivos na manhã seguinte, mas ainda assim colocamos o despertador pra tocar. 
O nome disto é ESPERANÇA.


Nunca devemos perder nenhuma delas.

Seres que és


Acima de tudo temos que ser verdadeiros connosco. Não nos deixar camuflar pelas opiniões externas, mesmo as das pessoas que estão mais próximas de nós.

Todos somos humanos, todos temos uma história, uma educação que talvez nos tenha moldado e influenciado nas nossas premissas. Mas chega uma hora em que temos que olhar para dentro e conhecer/ reconhecer o EU verdadeiro. Conhecer as nossas verdades e definir os eixos pelos quais se pautam a nossa vida. Despirmo-nos das realidades que não são as nossas.

Temos o dever honrar a vida que nos foi dada, de ser verdadeiros connosco e tentar fazer o melhor para nós. Isto não significa que sejamos pessoas egoístas, que não liguemos aos outros. Pelo contrário, significa que somos nós na nossa essência que estamos a interagir com os outros e não uma máscara qualquer formatada ou um pseudo-eu.

Conhecermo-nos, olhar para dentro, saber quem somos, como somos e o que queremos é fundamental para estarmos bem connosco e a única forma verdadeira de estarmos com os outros. E lembre-se que o que você tem todos podem ter, mas aquilo que você é ninguém pode ser.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Filho


Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente o da incerteza de agir corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.


(José Saramago)