Uma relação são
pequenos nadas. São aquelas coisas, que até parecem ser birras e
insignificâncias, mas que suportam os dias de um amor. É que um amor é difícil
de manter! Dá trabalho, todos os dias. Mas os nadas do dia não podem ser um
esforço. Têm de ser porque apetece. Espontâneos, porque se sente a falta.
Os nadas são um beijo que apetece quando não
dá jeito. São um telefonema que se recebe a meio de um dia difícil, só para nos
perguntarem se almoçámos. São quilómetros que se fazem porque o corpo precisa
de um abraço. São horas que não se dormem porque temos de contar pela enésima
vez aquilo que nos chateou. São um "amo-te" sem razão. Um beijo na
testa quando nos cruzamos no corredor. São um
apetece-me-qualquer-coisa-mas-vais-tu-ali-buscar-que-agora-estou-aqui-tão-bem.
São uma carícia quando menos esperamos. Um beijo pela manhã quando ainda
estamos despenteados e ensonados. São um olhar diferente no meio do
supermercado. São silêncios confortáveis. São cumplicidades que ao mundo não
interessa.
E são tudo isto ao contrário também.
Reciprocamente. Não porque é uma troca, mas apenas porque nos sentimos bem.
De nada valem grandes actos. Grandes promessas.
Muitos
abraços-fofinhos-e-amo-te-muito-minha-paixão-e-vamos-mostrar-ao-mundo-que-somos-felizes.
Uma relação é feita de pequenos nadas. Que são
tudo.
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