terça-feira, 26 de agosto de 2014

Não esperes por uma crise


Estava de férias, desligada do mundo e arredores quando recebi um telefonema a dizer-me que uma pessoa que muito admiro estava doente e em perigo de vida. Tinha estado com ela há poucas semanas e estava de perfeita saúde pelo que a situação me deixou completamente surpreendida. Pelo que vim a saber nos dias seguintes apanhou um vírus, uma situação banalíssima, que evoluiu de forma galopante para uma quadro clinico mais grave. Durante vários dias temi pela sua vida. Felizmente soube ontem que está a melhorar e o quadro clinico já é mais animador.

Esta situação mostrou-me mais uma vez o quanto a vida é precária. A verdade é que nunca sabemos se vamos estar no fim deste dia como estamos agora. Isto dito assim parece catastrófico, mas se pensarmos bem não decidimos quando e como vamos morrer.

Mas podemos decidir como vamos viver. Esse é o grande presente que nos é dado. E como disse o António Feio numa das suas frases emblemáticas "Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer”.

Por vezes até temos segundas hipóteses, podemos voltar a tentar alcançar os nossos sonhos e lutar por eles, dizer aos outros o quanto são importantes para nós, e acrescentar vida aos nossos dias. Mas nunca poderemos voltar atrás no tempo. Nunca poderemos viver o mesmo dia duas vezes.

Por isso não esperes por uma crise para descobrir o que é importante para ti. Não esperes por um crise para fazeres as coisas que andas adiar. E não esperes por uma crise para dizeres a alguém as coisas que gostavas de dizer.

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