Estava de férias, desligada do mundo e arredores quando recebi
um telefonema a dizer-me que uma pessoa que muito admiro estava doente e em
perigo de vida. Tinha estado com ela há poucas semanas e estava de perfeita
saúde pelo que a situação me deixou completamente surpreendida. Pelo que vim a
saber nos dias seguintes apanhou um vírus, uma situação banalíssima, que
evoluiu de forma galopante para uma quadro clinico mais grave. Durante vários
dias temi pela sua vida. Felizmente soube ontem que está a melhorar e o quadro
clinico já é mais animador.
Esta situação mostrou-me mais uma vez o quanto a vida é
precária. A verdade é que nunca sabemos se vamos estar no fim deste dia como
estamos agora. Isto dito assim parece catastrófico, mas se pensarmos bem não
decidimos quando e como vamos morrer.
Mas podemos decidir como vamos viver. Esse é o grande presente
que nos é dado. E como disse o António Feio numa das suas frases emblemáticas "Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos
outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por
fazer”.
Por vezes até temos segundas hipóteses, podemos voltar a tentar alcançar
os nossos sonhos e lutar por eles, dizer aos outros o quanto são importantes
para nós, e acrescentar vida aos nossos dias. Mas nunca poderemos voltar atrás
no tempo. Nunca poderemos viver o mesmo dia duas vezes.
Por isso não esperes por uma crise para descobrir o que é
importante para ti. Não esperes por um crise para fazeres as coisas que andas
adiar. E não esperes por uma crise para dizeres a alguém as coisas que gostavas
de dizer.
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